quarta-feira, novembro 30, 2016

Concurso Toma Lá 500 Paus e Faz Uma BD!


O título é invulgar, como invulgar é o concurso organizado pela CCC - Associação Chili Com Carne. Mas ideias invulgares são vulgares na imaginação de Marcos Farrajota, e esta tem tido êxito invulgar! Toma Lá 500 Paus (leia-se euros, obviamente) e Faz Uma BD! já vai na 4ª edição, e a CCC continua invulgarmente activa nesta sua invulgar prodigalidade... 500 paus é um bom incentivo para quem quiser fazer uma banda desenhada.  

Vejamos as condições:

Instruções (não muito complicadas):
Para quem? 
Para Sócios da CCC com as quotas em dia - não é sócio? então é clicar neste LINK:

O prémio é monetário? 
É sim! 500 paus! 500 Euros!
Para além de que o trabalho será publicado!
E, para a próxima edição, o vencedor é convidado a fazer o cartaz e a integrar o júri!

Quem decide o vencedor?
Uma parte da actual Direcção da Associação Chili Com Carne, o vencedor da edição passada e alguns associados, a saber: André Coelho, Filipe Felizardo, Hetamoé, Marcos Farrajota e Ondina Pires.
O Júri reserva-se o direito de não atribuir o prémio caso não encontre qualidade nos trabalhos propostos.

Datas?
5 de Fevereiro 2017 é a entrega dos projectos!
14 de Fevereiro 2017 é anunciado o vencedor!

O livro é publicado em 2018!?

 Regras de apresentação dos trabalhos
- O livro não tem limite de páginas e de formato mas porque desejamos inseri-lo nas nossas colecções já existentes - Colecção CCC, QCDA, LowCCCost, THISCOvery CCChannel - o projecto terá mais hipóteses de ganhar se for apresentado num formato das colecções.
- Preferimos o preto e branco mas a cor não está totalmente afastada!
- Envio do seguinte material:
a) texto de apresentação do(s) autor(es),
b) sinopse do projecto
c) planeamento por fases (com datas)
d) envio de 20% do total da BD, sendo que o mínimo serão 4 páginas seguidas e acabadas e 16 planeadas.
- Todos estes elementos devem ser entregues em PDF, em serviço de descarga em linha (sendspace ou wetransfer) cujo endereço deve ser enviado para o e-mail ccc@chilicomcarne.com

Que projecto pode ser apresentado? 
- Uma BD longa de um autor ou com parceiros
- Um livro com várias BDs do mesmo autor (desde que tenham uma ligação estética ou de conteúdo)
- Uma antologia de vários autores com um tema comum

Boa sorte!
CCC
Este projecto tem o apoio do IPDJ


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Nota do bloguista do Divulgando BD:

Vale a pena ver imagens das obras vencedoras das edições anteriores deste original concurso. Cliquem no link abaixo indicado:
http://www.chilicomcarne.com/index.php?option=com_virtuemart&page=shop.browse&category_id=68&Itemid=77  
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Para ver as postagens anteriores referentes a concursos de banda desenhada bastará clicar no item: Concursos de Banda Desenhada, visível no rodapé         

sexta-feira, novembro 25, 2016

Chuva em Sandman







Sempre gostei de ver a chuva a varrer obliquamente a minha cidade, ou a criar salpicos nas tumultuosas águas de um mar coberto de manto cinzento. Cenários melancólicos, encharcados de chuva.

Há anos que, impressionado por imagens de intempéries desenhadas na BD, reproduzidas, por vezes, com singular estética realista, sinto o impulso de mostrar neste blogue algumas dessas vinhetas de banda desenhada, cuja beleza plástica me impressiona a sensibilidade.

Alguma vez teria de ser, e a decisão de o fazer surgiu, como imperativo inadiável, ao ler/ver/admirar mais um volume da notável obra de arte sequencial intitulada Sandman Mestre dos Sonhos, criada pelo argumentista/escritor Neil Gaiman, com o apoio de vários artistas. No caso sob análise, é o episódio Vidas Breves,no capítulo 2, desenhado por Jill Thompson, com arte-final de Vince Locke, e colorização de Danny Vozzo.

"It always rains on the unloved/Wet dreams"

Cada vinheta, cada prancha, cada capítulo, cada volume, enleva-nos, fascina-nos. Arte a um nível superlativo, esta maravilha gráfico-literária, Sandman.

Um sincero elogio à editora Levoir, e às equipas portuguesas que trabalham na edição portuguesa. Nestas Vidas Breves, a equipa é a seguinte: Coordenação editorial, José de Freitas; Design da capa, Silva! designers; Tradução, Pedro Vieira de Moura; Grafismo e legendagem, Frederica Clara de Armada, Rui Alves   

domingo, novembro 20, 2016

Cadáver Esquisito no Amadora BD 2016











Este "cadáver esquisito" foi criado no Amadora BD 2016. Não sei de mais alguém que faça isto num festival de banda desenhada: pedir a uns tantos autores, entretidos a darem autógrafos e que, em vez disso, criem uma vinheta/prancha que, ao fim da colaboração de cada um, resulte numa bd, muito embora com pouca coerência, uma espécie de "cadavre exquis".

Tive esta ideia há uns anos, e estou agora aqui a mostrar a sétima peça do género, todas elas publicadas neste blogue.

Eis os nomes dos autores das vinhetas/pranchas. De cima para baixo:

1. Filipe Alves
2. Jorge Coelho
3. Álvaro
4. Marco Mendes
5. Sérgio Marques

6. Miguel Santos 
7. Ricardo Cabral
8. Fil
9. Lança Guerreiro
10.Luís Louro  

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Os visitantes interessados em verem os "posts" que contêm os anteriores "cadavre exquis" poderão fazê-lo clicando no item Cadavre Exquis aliás Cadáver Esquisito visível no rodapé

quinta-feira, novembro 17, 2016

Conversa(s) sobre BD - A segunda é com José Garcês




A 2ª sessão da iniciativa intitulada "Conversa(s) Sobre Banda Desenhada" vai ter como convidado autor clássico da BD portuguesa cujo nome surge no título da sessão do dia 19 de Novembro:
José Garcês: Balanço de Vida nos 70 Anos de Carreira.

O evento, que vai acontecer na Biblioteca Municipal de S. Domingos de Rana, terá por moderador José de Matos-Cruz, um pioneiro na divulgação da BD em Portugal. 

Neste mesmo dia 19 haverá a apresentação, por António Monteiro, da Exposição Colectiva de BD “Sobressaltos”,cujas pranchas já estão editadas em álbum.

Um pormenor a relevar na sessão: haverá a dramatização de um conto fantástico de Jean Ray. 

Aliás, visto tratar-se do 1º Aniversário da Bedeteca José de Matos-Cruz, o evento abrange diversas componentes, como se pode ver no cartaz que ilustra o topo do post, entre as quais a masterclass "Argumento para Banda Desenhada", dirigida por Mário Freitas (12 de Novembro), e o workshop "Ilustração para Banda Desenhada", por Osvaldo Medina (26 de Novembro).

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Quem estiver interessado em ver notícias sobre palestras tratadas anteriormente, basta clicar no item Palestras visível no rodapé

segunda-feira, novembro 14, 2016

Erro nos Prémios Nacionais de Banda Desenhada - PNBD da Amadora




Nos troféus atribuídos pelo júri dos Prémios Nacionais de Banda Desenhada-PNBD, uma valência do Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada, houve uma obra erroneamente nomeada para a categoria de "Melhor Fanzine": o álbum Shock, uma publicação comercial.

O alegado erro, que ocasionou a indevida atribuição do prémio, deveu-se ao facto de o júri não ter tido em conta que esta edição se tratava de um álbum das Edições El Pep - chancela comercial/profissional de Pedro Pereira, conhecido pelo pseudónimo Pepedelrey - concebido como homenagem ao editautor amador Estrompa, e ao seu fanzine Shock

Shock foi de facto um fanzine enquanto editado por amadores, inicialmente por Luiz Beira, seu criador, que editou o nº0, experimental, em 8 de Julho de 1983, e posteriormente, durante anos, por José João Amaral Estrompa (1), que o tornou num fanzine de grande qualidade, tanto na imagem gráfica como no nível do conteúdo, para o qual ele criou o seu herói predilecto Tornado 1989, nascido numa banda desenhada curta, de prancha única, exposta no evento Sobreda BD 1989, em Março desse ano, daí o nome da personagem.

Convém esclarecer que não foi Pedro Pereira, aliás Pepedelrey, responsável editorial das Edições El Pep, quem enviou o álbum para o júri dos PNBD,por conseguinte não foi ele quem provocou o erro.

Em relação aos fanzines propriamente ditos, são os faneditores que têm de enviar seis exemplares para serem distribuídos aos membros do júri (2) para que cada um deles possa fazer a sua própria análise comparativa.

Na circunstância, como não foi a editora El Pep a enviar a peça, deduz-se que terá sido alguém do júri a tomar a iniciativa de propor a sua inclusão nas publicações editadas por amadores, caso dos fanzines. 
De facto, os membros do júri têm a prerrogativa de poder propor a inclusão nas obras nomeadas para os PNBD algum zine que considerem com qualidade suficiente, o que já aconteceu em ano anterior, designadamente com uma edição de Manuel Caldas.  

Em suma: o prémio de "Melhor Fanzine", atribuído ao álbum intitulado Shock, foi fruto de uma decisão errónea (3), tendo em consideração que o conceito de fanzine, estabelecido desde há décadas, implica que quem o edita seja um amador ou grupo de amadores, ou uma entidade cultural sem fins lucrativos, o que exclui, obviamente qualquer editora comercial, por pequena que seja, como acontece com as Edições El Pep. 

Já houve quem apontasse para o facto de a editora El Pep não ter feito, nesta sua edição, o registo ISBN nem o depósito legal. Ora o ISBN não é obrigatório por lei, mas é pago, e a El Pep, editora pequena, recusa-se a pagar, porque não acha justo estar sujeita a idêntico pagamento que uma grande editora.

Mas, a fim de provar que não é o facto de ter ou não ter registo de ISBN que altera a condição a qualquer publicação, acerscento: Eu editei um fanzine intitulado "Novas "fitas" de Juca & Zeca", em que resolvi registar o ISBN, a fim de provar que esse pormenor não alteraria o conceito, ou seja, a peça não deixou de ser fanzine, porque eu sou um editor amador, não paguei aos vários colaboradores, e não editei com intenção de ter lucro. E esta edição do Shock não deixou de ser um álbum, ou uma revista, apenas por não ter o ISBN, o que determina a condição da publicação tem a ver com o facto de a El Pep ser uma editora com a chancela legalizada.       


(1) Escrevo o nome por extenso para evitar acontecer que haja quem pense que Estrompa seja um pseudónimo, como houve quem chegasse a pensar há uns anos.

(2) A propósito dos seis exemplares que os amadores editores de fanzines têm de enviar para a organização dos PNBD, há muito que estes (incluindo-me eu próprio, em especial com o Efeméride) se queixam, visto que as tiragens que fazem são geralmente exíguas.
Sabendo-se que o júri dos PNBD é constituído por quatro elementos - desta vez fizeram parte Nelson Dona, Sandy Gageiro, Luís Salvado e Marco Mendes -, e ficando a organização com um exemplar para o seu acervo, conclui-se que bastarão cinco exemplares para o efeito, a menos que haja necessidade de mais um exemplar para qualquer finalidade que desconheço.   

(3) Já tinha chamado a atenção para o erro no post

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Para ver os posts anteriores relacionadas com este tema, bastará clicar no item Prémios de BD visível no rodapé