segunda-feira, setembro 19, 2011

Exposições BD avulsas (IX)


"O Livro dos Dias", assim se intitula a obra de banda desenhada de Diniz Conefrey, que será apresentada ao público, enquanto exposição das respectivas pranchas inéditas, na Casa da América Latina, em Lisboa (Av. 24 de Julho, 118-B).

A inauguração da mostra, que comportará uma conferência de Miguel Conde - investigador e professor na Universidade Católica Portuguesa -, terá lugar no próximo dia 20, terça feira, pelas 18h30.

Os interessados em visionar as pranchas originais da BD poderão fazê-lo naquele equipamento cultural até 4 de Outubro, data do encerramento da exposição.
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DINIZ CONEFREY

Biobibliografia

Carlos Diniz Guedes Pacheco Conefrey, 1965, Lisboa.

É ilustrador e autor de banda desenhada. Frequentou o curso de Iniciação ao Desenho na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, entre 1990 e 1993.

Autor talentoso, tem obra diversificada na área de BD, com início em fanzines seus - Ktulu,o primeiro, Aquatarkus e Gasp (cujo significado era "Gérmenes Amotinados sobre o Papel") - e em vários de amigos - Azul BD3, Banda, BD&Roll, Dossier Top Secret, Eros, Hamburguer - mas igualmente em jornais diversos, designadamente Barlavento, Blitz, A Bola, Expresso, e nas revistas Lx Comics (nºs 2, 3 e 4) e Biblioteca (nºs 3 e 4).

Merecem destaque, nestas publicações, as bandas desenhadas "Notas de um bibliotecário sobre a leitura", "Saldos" e "Miragens", no semanário Expresso (1990, 1991 e 1992, respectivamente); "O Pacífico Bar", "Ruivo no Desemprego" e "Ruivo Rendez-vous", no semanário Blitz, (1991 e 1992) em que Ruivo mostrava potencialidades para personagem marcante na BD portuguesa.

Em 1991 teve a sua estreia em álbum de autoria colectiva, "Noites de Vidro", seguido por "Vida de Preto" (1992), também de autores vários, tal como "Síndrome de Babel", com edição em 1996, e "Uma Revolução Desenhada: o 25 de Abril e a BD" (1999). Álbuns seus em exclusivo são os intitulados "Arquipélagos" (2001), este composto pela adaptação de dois textos do poeta Herberto Helder, e "O Livro dos Dias: Cochquixtia, o Despertar" (2003), realizado com o apoio de uma (entretanto extinta, infelizmente) Bolsa de Criação Literária do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, e de que agora o autor apresenta um 2º tomo.

É autor do livro "Curso de Banda Desenhada", excelente compilação de textos e imagens didácticas de técnicas e linguagem da BD integrantes dos cursos por si ministrados na Fundação Calouste Gulbenkian (1995 e 1998).

Em 2001 fez a sua primeira incursão em obra ilustrada para a infância, no livro "El-Rei D. Joaquim e a Rainha D. Maria", escrito por José Gil Vicente, e que Diniz Conefrey  também coloriu, de forma brilhante, com lápis de cera. Em 2007 voltou a trabalhar para o mesmo escalão etário, ao fazer as ilustrações do livro "O Mosteiro de Alcobaça".

Tem igualmente BD publicada em língua estrangeira: "Lissabon Lisboa Lisbonne Lisbon" e "Encre du Polvo" (aavv).

Publicou recentemente bandas desenhadas curtas nas revistas mexicanas de literatura e arte, Textofilia (nº14) e Letra en Ruta (nº3).

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