sexta-feira, abril 29, 2011

Fanzines, esses desconhecidos (XLIV)



Os fanzines têm a possibilidade única de apresentar variantes no formato e na espessura de corpo à medida da imaginação e capacidades económicas dos seus editores. E até mudar de formato, subitamente, apenas por desejo estético do seu faneditor.

Este que aqui fica reproduzido na totalidade, o Tertúlia BDzine (nº 159, já com data do próximo dia 3 de Maio) aparece preenchido por uma banda desenhada que, como é habitual, se compõe por apenas quatro páginas em A4, tantas quantas formam o corpo do fanzine (afinal, trata-se de uma folha A3 dividida ao meio).

É grátis, destina-se a ser distribuído pelos participantes na Tertúlia BD de Lisboa, no seu próximo encontro, dia 3 de Maio.

A banda desenhada que o completa é da autoria de Nuno Duarte ["Outro Nuno"], aliás ele próprio se apresenta como personagem.

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Os interessados em ver postagens anteriores deste tema, poderão vê-las clicando no item visível em rodapé, Fanzines esses desconhecidos

domingo, abril 24, 2011

Cinema e BD (I)



Os 25 Melhores Filmes Adaptados da B.D.
é o título de um extenso artigo que faz uma bem estruturada análise a um conjunto de obras cinematográficas baseadas em heróis de banda desenhada ou, em alguns casos, de novelas gráficas em edição única.

O jornalista Francisco Toscano Silva, colaborador da novel revista de cinema Total Films (nº1-Abr.11), é o autor do inesperado estudo nela publicado, que abarca filmes realizados entre 1978 e 2009.

Diz ele no header do artigo:

"Nem sempre as ideias surgem de grandes romances ou contos da literatura. A banda desenhada é um mundo absolutamente fascinante que já viu algumas das suas vinhetas serem transportadas para a grande tela (...)"

Com a devida autorização do editor da revista, Luís Mesquitela Lima (que conheço há muitos anos como importante aficionado de BD), vão ficar reproduzidos aqui os vinte e cinco artigos.

Em atenção aos visitantes mais apressados, farei breves sínteses dos textos - e até, em casos esporádicos, reproduzi-los-ei na íntegra, a fim de facilitar a leitura.



25. HOMENS DE NEGRO (MIB - Men in Black) - 1997
Baseado na banda desenhada de Sandy Carruthers (desenho), Lowell Cunningham (argumento)
Realizador: Barry Sonnenfeld

"Um dos grandes sucessos de 1997 (que deu origem a uma sequela em 2002, não tão bem conseguida, com outra igualmente em preparação) (...) nasceu da mente de Lowell Cunningham, que em 1990 mostrou ao mundo uma visão de luta entre homens e aliens em vinhetas violentas. O filme conservou a essência e resultou, ainda que na B.D. original não se usem apagadores de memória, mas balas. Ou algo que destrua tudo, mais eficaz."

24. FLASH GORDON (Flash Gordon) - 1980
Baseado na banda desenhada da autoria (desenho e argumento) de Alex Raymond
Realizador: Mike Hodges

"(...) Este clássico ultra-camp falhou nas bilheteiras mas obteve um estatuto de culto, ao adaptar uma história quase saída das primeiras vinhetas, de 1934. Em traços largos, por entre planetas com formatos estranhos, árvores esquisitas e um grande ovo verde, com um uso de cor intenso e detalhes surreais, Flash Gordon tem de derrotar Ming, o impiedoso (inacreditável Max Von Sydow), ficar com a rapariga e salvar o Universo.
Simples, foleiro, mas engraçado. A música dos Queen é irritantemente inesquecível.

23. SPEED RACER (Speed Racer) - 2008
Baseado na banda desenhada de Tatsuo Yoshida
Realizadores: Andy e Lana Wachowski

"O universo manga de Speed Racer passou para os ecrãs com grande virtuosismo, mas falhou as expectativas entre o público e a crítica. (...) Munido de efeitos visuais estonteantes, que roubam às vinhetas a acção tresloucada das corridas de carros, há ainda espaço para um drama familiar bem conseguido (...)"

22. WANTED - PROCURADO (Wanted) - 2008
Baseado na banda desenhada da autoria (desenho e argumento) de Mark Millar
Realizador: Timur Bekmambetov

"A história amoral de Wesley Gibson (James McAvoy) e o mundo surreal de vilões que dominam o mundo fez um enorme estrilho na tela. Um sucesso entre o público, conserva o suficiente do legado de Millar e tem, além de McAvoy, uma estonteante Angelina Jolie e um duvidoso Morgan Freeman. O argumento tem pontas descosidas, mas impera o grande espectáculo que o cinema soube ampliar do papel com graça e arrojo visual.
Fala-se em sequela, mas Millar já disse que não será baseada em nada seu uma vez que não publicará mais aventuras."

21.PUNISHER - O VINGADOR (The Punisher) - 2004
Baseado na banda desenhada de Ross Andru e John Romita Sr. (desenhadores), Gerry Conway (argumentista)
Realizador: Jonathan Hensleigh

"Eis um herói que já foi tão maltratado no cinema (...) mas que ganhou um belo fôlego em 2004 pela mão de Jonathan Hensleigh, ao filmar Thomas Jane como o vingador Frank Castle que, violento e duro, elimina um a um os assassinos da sua família. E o blood show continuou em 2008 com The Punisher-Zona de Guerra (...)"

20. ASTÉRIX E OBÉLIX: MISSÃO CLEÓPATRA (Astérix & Obélix: Mission Cléopâtre) - 2002
Baseado na banda desenhada de Albert Uderzo (desenho), René Goscinny (argumento)
Realizador: Alain Chabat

"Os erros cometidos na primeira incursão em Astérix e Obélix Contra César, de 1999, foram corrigidos, e aqui o realizador Alain Chabat (que acumula o papel de César) soube a importância de se fixar num só livro, numa só aventura, e adaptou-a com imensa graça e talento. (...)"



19. AS AVENTURAS DE ROCKETEER (The Rocketeer) - 1991
Baseado na banda desenhada da autoria (desenho e argumento) de Dave Stevens
Realizador: Joe Johnston

"Este é um triste exemplo de um belo registo de aventuras, fiel à banda desenhada original, que se esqueceu, sobretudo em Portugal. É que o filme, depois do cinema, só saiu para aluguer, em 1999, em DVD (e nunca venda directa) sem legendas em português. Ou seja: havia duas hipóteses: ou se via o filme em inglês, ou se optava pela versão áudio dobrada em... português! Apesar desta questão surreal, o filme recupera a essência da B.D., inspirada nos heróis das matinées dos anos 30 e 40, segundo Stevens. (...)"

18. AMERICAN SPLENDOR (American Splendor) - 2003
Baseado na banda desenhada realizada por vários desenhadores (entre os quais, Robert Crumb), sob argumento de Harvey Pekar
Realizadores: Shari Springer Berman, Robert Pulcini

"Este é um filme que abordou os comics de uma maneira diferente de qualquer outro. Para além de adaptar as histórias de Harvey Pekar, American Splendor juntou-as (pois, no fundo, são indissociáveis) da própria vida de Pekar, um clerk que coleccionava afincadamente discos de jazz e lia compulsivamente, levando uma vida banal demasiado complexa, magnificamente interpretado por Paul Giamatti. (...)"

17. DICK TRACY (Dick Tracy) - 1990
Baseado na banda desenhada da autoria (desenho e argumento) de Chester Gould
Realizador:Warren Beatty

"Injustamente esquecido mas bem sucedido na sua altura de estreia, Dick Tracy é um regalo para os olhos. Literalmente saído das vinhetas, Warren Beatty manteve-se fiel aos cenários coloridos, aos vilões deformados que habitavam numa perigosa América dos anos 30 e ao charme do polícia detective de chapéu e sobretudo bege portador de um relógio-comunicador. Beatty é também o protagonista e divide a sua impecável interpretação com a sedutora Madonna (que canta várias músicas na banda sonora) e o grande vilão Al Pacino, megalómano e irreverente. (...)"



16. MUNDO FANTASMA (Ghost World) - 2001
Baseado na banda desenhada da autoria (desenho e argumento) de Daniel Clowes
Realizador: Terry Zwigoff

"(...) aqui Zwigoff conseguiu um olhar profundo sobre a alienação de Enid e Becky, duas jovens anti-sociais que passam juntas umúltimo Verão antes de se formarem no liceu. Ao dar vida às páginas de Clowes, conseguiu criar um filme intimista que nos deixa para sempre na memória as interpretações de Thora Birch, Scarlett Johansson e Steve Buscemi. (...)

15. HULK (Hulk) - 2003
Baseado na banda desenhada de Jack Kirby (desenho), Stan Lee (argumento)
Realizador: Ang Lee

"Recuperando a essência do incontrolável e amaldiçoado Bruce Banner (Eric Bana), Ang Lee foi arrojado ao filmar esta espécie de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, como Stan Lee o descreveu. Incidindo em especial sobre uma delicada relação paternal, o resultado foi um filme de super-heróis invulgar, muito bem conseguido, mas rejeitado pelo público à espera de mais grunhos e acção-pipoca da parte do bicho verde. (...)"

14. HELLBOY (Hellboy) - 2004
Baseado na banda desenhada da autoria (desenho e argumento) de Mike Mignola
Realizador: Guillermo Del Toro

"Hellboy é um diabo que foi trazido pela mão de nazis e a sua divisão do oculto em plena guerra. Depois de ser salvo pelas forças aliadas, ao cuidado do Professor Trevor Brutenholm, ele dedica-se ao combate de forças paranormais do mal (...) Del Toro construiu dois filmes (sendo este o primeiro) fantásticos, com um imaginário único, recheados de humor, acção e um belo storytelling, fazendo justiça às vinhetas de Mignola (...)"

13. HOMEM DE FERRO (Iron Man) - 2008
Baseado na banda desenhada de Larry Lieber, Don Heck e Jack Kirby (desenho), Stan Lee (argumento)
Realizador: Jon Favreau

"(...) um fenomenal blockbuster, carregado de acção e ritmo, com um casting perfeito (...) e que explora plenamente todos os elementos temáticos de Tony Stark, o multimilionário alcoólico, mulherengo, genial e problemático que faz das armas o seu negócio, até alterar as suas prioridades."

12. X-MEN (X-Men) - 2000
Baseado na banda desenhada de Jack Kirby (desenho), Stan Lee (argumento)
Realizador: Bryan Singer

"(...) A transposição para o ecrã das aventuras dos mutantes que lutam pelo seu espaço entre os humanos, das personagens aos cenários, do ritmo ao artístico toque de câmara, deixou todos de barriga cheia. E Hugh Jackman (o inesquecível Wolverine) nunca mais foi o mesmo em Hollywood. (...)"

11. OLDBOY-VELHO AMIGO (Oldeuboi) - 2003
Baseado na banda desenhada de Nobuaki Minegishi (desenhador), Garon Tsuchiya (argumentista)
Realizador: Park Chan-wook

"Um filme inesquecível que redefine os códigos do thriller numa espiral alucinada de violência e vingança. Ligeiramente inspirado nas vinhetas de Tsuchiya e Minegishi (...) ao contar a terrível história de Oh Dae-Su, um homem aprisionado num quarto de hotel durante 15 anos que é libertado inesperadamente e tenta descobrir em cinco dias as razões dos que o encarceraram, descobrindo uma terrível verdade à medida que perpetua uma sanguinária vingança. (...)"



10. CAMINHO PARA PERDIÇÃO (Road to Perdition) -2002
Baseado na banda desenhada de Max Allen Collins
Realizador: Sam Mendes

"(...) aquela que foi a última aparição de Paul Newman no grande ecrã deixou na memória um extraordinário filme noir de gangsters (...) Baseado no primeiro livro de uma trilogia, o olhar de Mendes capta na perfeição a história, ainda que com distanciamento suficiente para que o cinema respire à sua maneira. O final é de antologia."

9. UMA HISTÓRIA DE VIOLÊNCIA (A History of Violence) - 2005
Baseado na banda desenhada de Vince Locke (desenho), John Wagner (argumento)
Realizador: David Cronenberg

"(...) um verdadeiro western actual que lida com os fantasmas de uma América profunda como poucos. Para muitos experts em comics, este é um caso onde o filme supera as páginas em que foi inspirado (...)"

8. V DE VINGANÇA (V for Vendetta) - 2006
Baseado na banda desenhada de David Lloyd (desenho), Alan Moore (argumento)
Realizador: James Mc Teigue

"Independentemente das bocas de Alan Moore (que se revolta contra cada adaptação ao cinema das suas obras) sobre o filme visar a era de Bush e não o fascismo como ele idealizou, o resultado em ecrã é fiel à estrutura, emoção e acção que o visionário de Watchmen concebeu (...)"

7. O CORVO (The Crow) - 1994
Baseado na banda desenhada de James O'Barr
Realizador: Alex Proyas

"(...) adapta num enorme rigor a violenta e perturbante BD sobre o guitarrista Eric Draven, que vê a namorada ser violada e morta enquanto ele se encontra paralisado da agressão que sofreu às mãos de um gangue. Ele ressuscita como um corvo e parte em busca de vingança. Absoluto prodígio entre o thriller e o noir, gerou um enorme culto pois Brandon Lee (filho de Bruce) morreu durante a rodagem com uma bala perdida (...)

6. 300 (300) - 2006
Baseado na banda desenhada da autoria (argumento e desenho) de Frank Miller
Realizador: Zack Snyder

"300, que ficciona a batalha de Termópilas, onde 300 espartanos rumaram de encontro a um exército deum milhão de persas. A obra de Frank Miller foi inspirada por "Os 300 Espartanos", de Rudolph Mate, que viu muitas vezes quando era jovem. A adaptação é muito fiel às pranchas e soube expandi alguns relevantes sub-plots (...) É um exemplo claro da valorização do uso do digital e do bluescreen technology (...)"



4. SUPER-HOMEM (Superman) - 1978
Baseado na banda desenhada de Joe Shuster (desenho) e Jerry Siegel (argumento)
Realizador: Richard Donner

"(...) A adaptação das aventuras de Super-Homem para o cinema criou um momento ímpar na relação entre os comic-books e a Sétima Arte. Partindo da fiel origem do Homem de Aço, Richard Donner fez um filme perfeito, na altura com tecnologia de ponta que ainda hoje nos deslumbra, onde Christopher Reeve imortalizou o Super-Homem (...)"

3. SIN CITY - A CIDADE DO PECADO (Sin City) - 2005
Baseado na banda desenhada da autoria (desenho e argumento) de Frank Miller
Realizador: Robert Rodriguez, Frank Miller e Quentin Tarantino

"(...) O storyboard não existiu, pois foram as próprias páginas dos livros de Miller que o substituiram. Quer os diálogos quer o uso da cor e toda a acçãoforam directamente importados das páginas e em altura alguma deixamos de ver grande cinema(...)"

2. WATCHMEN - OS GUARDIÕES (Watchmen) - 2009
Baseado na banda desenhada de Dave Gibbons (desenho), Alan Moore (argumento)
Realizador: Zack Snyder

"Depois de 300, Snyder pegou num projecto que muitos, a começar por Alan Moore, consideravam infilmável. Pois bem, o realizador conseguiu um brilhante e único feito, ao transpor quase na totalidade a genial e visionária graphic novel (...) uma das mais estupendas adaptações da banda desenhada (...)"



1. O CAVALEIRO DAS TREVAS (The Dark Knight) - 2008
Baseado na banda desenhada de Bob Kane (desenho), Bill Finger (argumento)
Realizador: Christopher Nolan

"Após Batman-O Início, todos ficaram impressionados com o fantástico reboot que a saga do Homem-Morcego tinha sofrido (...) Trata-se de um feito absolutamente notável, que adapta inúmeros pormenores de variadíssimas histórias de confronto entre Batman e o seu nemesis Joker (...)
Christian Bale voltou a vestir o fato do protagonista sem necessitar de ajustes e o seu vilão Joker foi encarnado na perfeição pelo Heath Ledger, que sabe ir beber às vinhetas a violência e o humor negro ao seu antecessor Jack Nicholson, presente no filme de Tim Burton, de 1989 (...) A realização é impecável (...) que faz deste operático e megalómano filme (sem menosprezo pelo fabuloso e notável freak show gótico duplo de Burton) o melhor da saga e que demonstra a qualidade que um filme de super-heróis, tantas vezes conotado como fast food (...) pode (e deve) ter (...)"

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Repito: estes textos são sínteses daqueles que constam das imagens. Para os poderem ampliar ao dobro e assim os lerem com facilidade, julgo que a maioria sabe que, após o primeiro clic em cima do texto, torna a clicar-se já com o cursor em forma de lente com sinal + (digo isto em atenção a quem ainda tem pouca prática, e peço desculpa a quem está farto de saber)

quinta-feira, abril 21, 2011

Festivais, Salões BD e afins - (Moura) 17º Salão BD 2011



"As personagens, os autores e os leitores de banda desenhada têm em comum o facto de viajarem no papel", afirmam os organizadores do 17º Salão Internacional de Banda Desenhada - Moura BD 2011, daí que o tema a servir de fio condutor ao evento tenha por título "Viajantes de Papel".
A inauguração é amanhã, 22 de Abril - em simultâneo com a 31ª Feira do Livro - e finalizará a 8 de Maio.

No que se refere à BD, destaco os seguintes momentos (e respectivas datas/horas):

Abril - dia 23 às 17h00 - Espaço da Feira - Apresentação pública do álbum intitulado "O Amor Infinito Que Te Tenho", escrito e desenhado por Paulo Monteiro (também organizador do Festival BD de Beja);

------- dia 24 às 15h00 - Espaço da Feira - Geminação Salão Internacional de Banda Desenhada-Moura BD/Jornadas Pofesionales del Cómic de Granada

Maio - dia 7, às 16h00 - Local: Cine-Teatro Caridade (ou, como aparece no programa do Salão, CTC) - Sessão de homenagem a autores de BD (dois portugueses e um espanhol): Victor Mesquita e Carlos Roque (homenagem póstuma a este último, com a presença da viúva, Monique Roque, argumentista de BD), e ao espanhol Tito
------ Entrega dos prémios dos Concursos de BD e Cartune
----- às 17h30 - Espaço da Feira - Sessão de autógrafos, com Victor Mesquita e Tito

Os locais onde se desenrolarão os dois eventos paralelos são os seguintes:
1. Praça Sacadura Cabral
2. Espaço Inovinter
3. Posto de Turismo
4. Cine-Teatro Caridade (CTC)

Um projecto invulgar

Assim classifico a geminação que vai concretizar-se entre o Salão Internaciona de Banda Desenhada-Moura BD e as Jornadas Profesionales del Cómic de Granada.

Invulgar, repito, pois não me ocorre que tenha havido algo semelhante em qualquer dos outros eventos portugueses similares.

A cerimónia da geminação que ocorrerá no domingo, dia 24, terá a presença de cinco espanhóis vindos de Granada, sendo quatro granadinos e uma cartaginesa residente em Granada. De todos apresento em seguida sínteses biográficas:

Clara Soriano - Nasceu em Cartagena (Múrcia), reside em Granada desde 2000, onde frequentou Belas Artes. Foi lá que, ela e alguns colegas, começaram a editar o fanzine Gutter, que recebeu o prémio para "Melhor Fanzine" no Salón Internacional del Cómic de Barcelona, em 2007.

Esteve em 2010 nas II Jornadas Profesionales del Cómic de Granada, a participar na mesa redonda dedicada ao tema "El cómic y la ilustración en feminino", em que estiveram, além dela própria, as autoras Laura, Irene Diaz, Lola Sánchez e Adribel.

Colabora nos sites "El Estofador" e "El Batracio Amarillo".

Carlos Hernández Sánchez (Granada, 1972) - Tem colaborado desde 1974 no jornal diário Ideal, com tiras de BD cómicas. Tem o blogue http://orce-man-blogspot.com/ homónimo da série de BD de que é autor, "Orce man", ambientada na pré-história.

Miguel Ángel Alejo é um jornalista especializado em Cinema e BD. No que se refere a esta segunda especialidade, já colaborou no sítio http://fandecomix.wordpress.com/, fez três argumentos para bandas desenhadas ("História de Peligros en Cómic", "Peligros Educa" e "Pablo Neruda y sus amigos").

Escreveu três livros, dois deles sobre fanzines ("História de los fanzines de Granada" e "História de los fanzines andaluces" - www.youtube.com/watch?v=H8fx_72F74A ) e um sobre banda desenhada ("Viñetas granadinas").

Rosa Molina - Trata-se de uma granadina, licenciada em Direito, mas que trabalha como fotógrafa na revista gratuita de humor, "El Batracio Amarillo".

Maria Luisa Rodrigo é doutorada em Antropologia Social, interessada na incorporação das mulheres no mundo da Banda Desenhada e dos Desenhos Animados (ou Cinema de Animação).
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As postagens anteriores deste mesmo tema poderão ser vistas clicando sobre o item "Etiquetas: Festivais de Banda Desenhada e Prémios respectivos", visível no rodapé

segunda-feira, abril 18, 2011

Manuel Caldas, editor notável, iniciou-se nos fanzines











Manuel Caldas, editor notável há 25 anos



Em Março de 1986 era lançado o número inicial de um fanzine intitulado Nemo, tendo como temática a BD, editado por um então desconhecido Manuel Caldas, de Póvoa de Varzim.

Três factores positivos chamavam de imediato a atenção: logo de entrada, o título, que remetia para a obra-prima Little Nemo in Slumberland, além de o número inicial ser-lhe dedicado, incluindo a composição gráfica da capa, sintoma óbvio do elevado nível de conhecimentos sobre banda desenhada daquele, na altura, editor amador, ou seja, faneditor; em seguida ressaltava a cuidada apresentação do fanzine, com invulgar planificação do conteúdo, e a esteticamente agradável diagramação de textos e imagens; em terceiro lugar, um pormenor inusitado, quase insólito: a imagem da capa aparecia colorida manualmente, cópia a cópia, isto em tiragem de duzentos exemplares, denunciador do entusiasmo e carinho com que era editado o zine.

Aliás, escreveria ele (no nº2, 2ª série, Fev. 1990) respondendo em tom irónico a uma crítica: "Só falta aparecer por aí algum tolo irrecuperável a colorir, uma por uma, as dezenas ou centenas de cópias da capa dum fanzine (…)"

Outro aspecto que cedo ressaltou tinha a ver com a sua profunda admiração pelo autor Harold Foster e respectiva personagem, Prince Valiant. Esse afecto, incidindo sobretudo na componente artística, sem menosprezar a ficcional, ficou bem patente no quarto número do Nemo (datado de Fevereiro de 1987), com dezasseis páginas dedicadas à famosa série americana, a começar pela capa, ilustrada com a imagem do herói medieval de espada em riste numa dinâmica luta, valorizada por suaves cores aplicadas pelo faneditor em exímia e sensível execução, dando ao objecto gráfico um marcante cariz artesanal.

Sem menosprezar diversos outros temas da sua predilecção - nesse mesmo número Manuel [António] Caldas escreveu dois interessantes textos, um artigo sobre Hergé, usando o pseudónimo M. Nöel Hantónio, e um estudo intitulado "Do 'Jornal da Infância ao Jornal da B.D.' - Cem anos de Publicações Infanto.Juvenis em Portugal" -, iria ser a saga do Príncipe Valente, daí em diante, e até hoje, a sua paixão mais forte. Que o levaria a escrever, em 1986, o artigo "Na Origem do Prince Valiant", publicado no álbum nº 16 da "Antologia da BD Clássica", da Editorial Futura, e a fazer uma "Edição Extraordinária do Fanzine Nemo" (Dez. 1987) com o título "1937-1987 Os 50 Anos de Prince Valiant", desta vez voltando a assinar M. Nöel António.

Assim foram os primeiros passos, bem seguros, deste estudioso, que ia acumulando sapiência e documentação sobre um tema que desde muito jovem o fascinava.

Atingiria finalmente, como escritor e editor, o mais elevado patamar, ao redigir e editar a obra de grande fôlego "Foster e Val", num livro em formato A4, com 172 páginas, edição de autor datada de Setembro de 1989, que teve 2ª edição em 1993, sob a chancela Edições Emecê, e uma terceira em 2006, com dimensões enormes (34x26,5cm) e novo título "Os trabalhos e os dias do criador do Prince Valiant", baseando-se nesta última versão, e no mesmo formato, uma edição em castelhano datada de 2007.

O prefácio ao livro, constante das duas primeiras edições em português, escrito pelo mesmo autor destas linhas, termina com as seguintes palavras:

"(…) Quanto à justeza da sua auto-definição de 'entusiasta número um' do Príncipe Valente (enquanto obra maior da Figuração Narrativa, obviamente), é bem provável que corresponda à realidade, se se tiver em conta que um catraio de nome Manuel, ainda rondava os dez anos e já começava a coleccionar a colorida página dominical do matutino portuense O Primeiro de Janeiro onde, desde 19 de Abril de 1959, se mostrava a saga daquele herói da BD. Ou seja: pouco antes de nascer, a 6 de Agosto desse mesmo ano, em Paredes de Coura, Manuel António Barbosa Caldas da Costa. O mesmo que viria a ser conhecido por Manuel Caldas, "nome de guerra" de um invulgar estudioso de Banda Desenhada, eficaz prosador, honesto biógrafo, e também – considerando as bem conseguidas, qualitativamente falando, experiências editoriais que constituem o fanzine Nemo e este livro – um assaz surpreendente editor-aprendiz."

E a aprendizagem foi de tipo autodidacta, gradual, rigorosa e profícua, até chegar ao nível de editor profissional, com a criação da chancela "Livros de Papel", e com ela começar a apresentar, em Março de 2005, a extraordinária edição Príncipe Valente Nos Tempos do Rei Artur, fruto de um espantoso trabalho de recuperação da obra original, a partir de cópias fornecidas pela agência americana King Features Syndicate,

O volume inicial, em formato de grande dimensão (35x27cm), próximo do usado nas Sunday pages dos jornais americanos de formato standard, incluía, estrategicamente, as pranchas publicadas entre 1943 e 1944, evitando o novel editor repetir o que tinha sido feito antes por outras editoras, deixando para mais tarde a reprodução das pranchas a partir de 1937, ano em que surgiu a obra de Harold Foster.

Manuel Caldas, após trabalho hercúleo levado a cabo sozinho, concretizava assim um sonho acalentado durante anos. Infelizmente, por ter tido necessidade de se associar com um livreiro de Lisboa, por motivos económicos e logísticos, e após desentendimento irreversível e insanável com esse sócio – litígio ainda em tribunal – ficou a certa altura arredado do projecto e da tarefa, com tanta paixão iniciada, e que ninguém a fará tão bem quanto ele.

Apesar do desgosto sofrido – compreensível em alguém a quem tiraram à força um amor de infância –, a sua pulsão editorial manteve-se e tem continuado a manifestar-se em diversos livros dedicados a outras personagens de BD de que gosta, designadamente Lance, Hagar, Krazy+Ignatz+Pupp, Tarzan dos Macacos, Dot & Dash e Ferd'nand.

Sob a sua nova chancela Libri Impressi surgiu nos escaparates, em Maio de 2010, a notável obra de figuração narrativa Kin-der-kids, da autoria de Lyonel Feininger, que por tradução dum tal Nuno Neves (outro pseudónimo do Caldas) ficou aportuguesada para "Os Meninos Kin-der". Trata-se, mais uma vez, de impressionante recuperação das pranchas originais, trabalho realizado por alguém classificável como ourives gráfico, cujas meticulosidade e perfeccionismo deslumbram os mais exigentes críticos e especialistas.

Mas nem só na BD se distingue a Libri Impressi: a apurada sensibilidade do seu único responsável e executante leva-o a seleccionar outro tipo de obras, como aconteceu em Dezembro de 2010 com "O Livro do Buraco" ("The Hole Book"), obra excepcional do americano Peter Newell, autor do texto e das deliciosas imagens, livro editado com qualidade gráfica única.

Manuel Caldas acumulou o trabalho da edição com a tarefa de traduzir o texto inglês em verso (embora na ficha técnica volte a constar como tradutor o já antes citado "Nuno Neves"), de forma a também rimar em português.

Leia-se a primeira quadra: "Tomás Potts com uma pistola/Brincava alheio à tolice/Pum!–faz a arma com estrondo/Sem que o menino o previsse", e a quadragésima nona, e última: "Foi uma sorte para o Tomás Potts/Que dera o tiro quando brincava:/Se desse ao mundo a bala a volta/Acertar-lhe-ia lá onde estava". Mais uma faceta digna de registo.

Aliás, em tudo o que Manuel Caldas tem feito, com início no fanzine Nemo, destacam-se qualidades singulares: evidente fluência na escrita, absoluto rigor em todos os dados cronológicos e biográficos, criteriosa selecção de imagens – para ilustrar desde os simples artigos aos seus extensos e bem elaborados estudos –, elevada destreza manual necessária na recuperação de imagens, além de espontânea e exemplar capacidade editorial.

Geraldes Lino

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Na Tertúlia BD de Lisboa já foram homenageados editores de antigas revistas de BD, é um facto. Mas o caso de Manuel Caldas é diferente, porque começou por editar fanzines, e só mais tarde passou a editor profissional, começando por editar o livro "Foster e Val" e, na sequência, álbuns dedicados a iniciar a reprodução integral da obra "Príncipe Valente Nos Tempos do Rei Artur", de Harold R. Foster. Ultimamente tem-se dedicado à edição de diferentes personagens da BD, sempre com elevada qualidade gráfica.

O livreiro portuense Manuel Espírito Santo, mal impressionado com o facto de Manuel Caldas ter maior cotação em Espanha do que em Portugal (diz ele, com o que eu não concordo, e apontei-lhe as críticas altamente elogiosas que o Caldas sempre tem recebido dos críticos e/ou comentadores portugueses mais conceituados), resolveu encetar uma acção de, digamos, desagravo, homenageando o MC pelos 25 anos de edição a contar do lançamento do fanzine Nemo.

E para o efeito convidou umas tantas pessoas a escreverem textos, a que se juntou ele próprio. Eis os respectivos nomes, e títulos dos artigos:

"Entrevista com o editor Manuel Caldas do selo Libri Impressi"; "Kin-der-Kids. Uma visão de uma arte dissimulada e nunca antes desmascarada"; "Surge Ferd'nand e Ferd'nand retorna" - Três artigos de Manuel Espírito Santo

"Os 12 trabalhos de Manuel Caldas" - Artigo de Pedro Moura http://lerbd.blogspot.com/2011/04/os-meninos-kin-der-lyonel-feininger.html

Sem título - Artigo de João Miguel Lameiras

"Manuel Caldas, editor notável há 25 anos" - Artigo deste bloguista, reproduzido no início da postagem

"Manuel Caldas: o elogio relutante" - Artigo por João Ramalho Santos

"O Livro do Buraco" e "Dot & Dash: coisas simples" - Artigo por Pedro Cleto
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sexta-feira, abril 15, 2011

1ª Mostra de Fanzines da Nazaré

Inaugurou-se no dia 4 deste mês de Abril, e estará patente até ao dia 23, na Biblioteca Municipal da Nazaré, uma exposição de fanzines de banda desenhada.
A iniciativa deve-se a Luís Paulo Meireles, lisboeta a residir na Nazaré, coleccionador e editor de fanzines, além de poeta, e a Jorge Lopes, director daquela biblioteca, que apoiou o evento.
Fui convidado pelo organizador a estar presente neste fim-de-semana, e parto para lá hoje mesmo, levando alguns exemplares de vários dos fanzines que tenho editado, entre eles Eros, Ad Hoc, Tertúlia BDzine, Folha Volante, Jazzbanda, Cadavre Exquis aliás Cadáver Esquisito, Improvisos na Toalha de Mesa, Comic Jam, Autobiografias Ilustradas, Efeméride. Levo também exemplares dos fanzines Nemo e Zero (números que tenho repetidos) editados há uns anos por Manuel Caldas, grande faneditor, actualmente editor profissional/comercial.
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Esta é a 43ª postagem do tema. Quem estiver interessado em ver as anteriores poderá fazê-lo clicando no item visível em rodapé "Etiquetas: Fanzines esses desconhecidos"

domingo, abril 10, 2011

Fanzines esses desconhecidos (XLII)

Um fanzine totalmente dedicado ao Cinema, através de filmes transformados em bandas desenhadas, como é o que acontece no "Cleópatra", é bastante invulgar - confesso que neste momento não me lembro de nenhum outro.
Mas nos fanzines tudo é possível, tudo é permitido - é uma das grandes qualidades deste tipo de magazines amadores.
E Tiago Baptista, seu editor e autor das respectivas bandas desenhadas - por conseguinte o faneditor que se subdivide em ambas as tarefas -, apesar de muito jovem, tem visto muitos filmes, não sei se apenas por obrigação, mas neste caso dos que trata neste seu zine, foi exactamente por isso, porque trabalhou num cinema dum centro comercial das Caldas da Rainha.(*)
Em resultado dessa experiência, meio laboral, meio cultural, Tiago aproveitou para realizar quatro bandas desenhadas, cada uma delas dedicada a um filme e, de certa maneira, a um realizador - François Truffaut, Manoel de Oliveira, Andrei Tarkovski e Ingmar Bergman.
(*) Como diz Tiago Baptista no editorial: "(...) Um trabalho tão digno como qualquer outro, tão normal como qualquer outro, tão mal pago como qualquer outro, com um patrão tão sacana como qualquer outro(...)"
Cleópatra #5 - Subtítulo: "Oh meu Deus! É o fim do Cinema" - Dezembro 2010 - Editor: Tiago Baptista - Formato do fanzine: A4 - Capa e contracapa, e miolo de 28 páginas / Local da edição: Caldas da Rainha, Lisboa, Leiria
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Na primeira imagem que ilustra este poste está a capa do fanzine, onde se podem distinguir os rostos de quatro realizadores cinematográficos:
Andrei Tarkovski, Manoel de Oliveira, François Truffaut e Ingmar Bergman
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Escreve o faneditor, com ironia e bom-humor na contracapa: "O fanzine com o nome mais parolo - Oh meu deus! é o fim dos fanzines".
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Os visitantes que quiserem ver as 40 postagens anteriores só têm que clicar no item Fanzines esses desconhecidos visível aqui por baixo no rodapé.

quarta-feira, abril 06, 2011

Concurso de BD e Mangá





Há esta recorrente tendência de separar a BD da Mangá, mas mangá é a expressão japonesa para banda desenhada, como todo o povo bedéfilo está farto de saber.


Mas, de certa maneira, compreende-se a separação estabelecida no título do concurso, na medida em que cada vez há mais cultores (e apreciadores) do estilo mangá, originário do Japão mas já popularíssimo noutros países, e que por cá também vai tendo numerosos apreciadores. Com um aspecto curioso a destacar: na área da criatividade, as desenhadoras aurgem em maior número.


Este concurso insere-se no âmbito do evento ANICOMICS LISBOA 2011 (é o 2º que se realiza), tem como organizador Mário Freitas, activo livreiro, argumentista e arte-finalista, e, como se vê, também organizador de eventos.


Síntese do regulamento


1) Pode participar quem tiver até 25 anos (de todas as nacionalidades, desde que sejam residentes em Portugal, e que usem legendagem em português);

2) As bandas desenhadas poderão ter um mínimo de duas pranchas e um máximo de quatro. Os formatos aceites são os habituais A4 ou A3. A execução gráfica tanto faz que seja a preto e branco ou a cores. Admitem-se todas as técnicas, desde a tradicional (desenho arte-finalizado a tinta) à execução digital.

3) DATA LIMITE:4 de Maio PARA ENVIO DAS BANDAS DESENHADAS (se forem enviadas por correio normal, terão de aprsentar o carimbo dos CTT de 3 de Maio) Estamos hoje a 6 de Abril, falta praticamente um mês, e para fazer 2, 3 ou 4 pranchas há mais que tempo!;

4) Os concorrentes poderão enviar as bedês (está bem claro que podem ser estilo europeu, americano ou japonês) em formato digital (jpeg a 300 dpi, em RGB) para o email anicomics.lisboa@gmail.com fazendo referência a: Concurso de BD/Mangá Anicomics Lisboa 2011 e a indicação clara, no texto do mail dos seguintes elementos imprescindíveis: a) Nome b) idade c)localidade de residência d) título da bd.
Em alternativa a bd poderá ser enviada para a seguinte morada: Kingpin Books - Concurso de BD/Mangá Anicomics Lisboa 2011 Rua Quirino da Fonseca, 16-B 1000-252 Lisboa

5) É desaconselhável o envio de pranchas originais, dado que estes não serão devolvidos (portanto, enviem boas cópias digitais, digo eu, bloguista, e habitual membro de júris).

6) A organização avisa os concorrentes que não poderão candidatar bandas desenhadas já anteriormente publicadas (aliás, esta é uma regra consagrada desde longa data), e serão rejeitadas bedês que sejam indubitavelmente copiadas. E não será fácil iludir os conhecedores e perspicazes elementos do júri, Mário Freitas (director do AniComics), Carlos Pedro e Gisela Martins (autores/artistas de BD).

7) PRÉMIOS: a) O vencedor será premiado com um cabaz de livros de BD no valor de 50€, oferta da Livraria Kingpin Books; b) A banda desenhada vencedora será afixada no site oficial do evento e na página do mesmo no facebook (www.facebook.com/kingpinbooks)





As imagens que ilustram a postagem representam três quadrantes da BD, pela seguinte ordem:


Mangá - Prancha ao estilo da mangá da autoria de dois autores portugueses: Inês Freitas (desenhadora), Nuno Duarte (argumentista);
Super-heróis - Imagem da autoria de Jim Lee (desenho a lápis), Scott Williams (arte-final);
BD europeia - Prancha de Tronchet





Quem tiver curiosidade em ver regulamentos de concursos anteriores e respectivas entidades organizadoras, poderão satisfazer-se clicando no item Etiquetas: Concursos de Banda Desenhada que está visível aqui em baixo no rodapé

terça-feira, abril 05, 2011

Tertúlia BD de Lisboa - XXV Ano - 321º Encontro


Caros confrades "tertulianos": Caso estejam a visitar este blogue, ficam a saber que hoje (5 de Abril, primeira 3ª feira do mês) não haverá, na Tertúlia BD de Lisboa, nem Convidado Especial nem Homenageado.

Estava prevista uma homenagem póstuma a Adolfo Simões Müller que foi director de várias revistas de banda desenhada, sendo Diabrete e Cavaleiro Andante as que conseguiram maior projecção.

Essa homenagem póstuma seria feita com a presença de seu filho, Dr. Luís Müller. Mas, por motivos imprevistos, a citada iniciativa fica adiada para Outubro.

Devido a isso, das três componentes que habitualmente integram a TBDL, apenas se cumprirão as duas primeiras:

1) O jantar de confraternização realizado em exclusivo entre aficionados da BD

2) O Sorteio Interactivo de peças de banda desenhada

Ou seja, fica sem efeito a componente de tertúlia propriamente dita, que é a auto-apresentação de um autor de banda desenhada (ou até de um director de revista de BD, como seria hoje o caso), seguida de diálogo com os presentes.

Os interessados em ver anteriores postagens relacionadas com a Tertúlia BD de Lisboa, poderão fazê-lo clicando no item Etiquetas: Tertúlia BD de Lisboa que se encontra aqui por baixo, no rodapé.

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É 1h30 de 4ª feira, já estou em casa porque hoje, após o fim da tertúlia (como de costume às 23h00), não houve pessoal disponível para ir até ao "Snooker Clube" jogar uma "snucada", e por isso vou já inserir os nomes dos participantes no encontro tertuliano.

1. Adelina Menaia
2. Álvaro
3. Ana Saúde
4. André Cardia
5. António Isidro
6. Geraldes Lino
7. Helder Jotta
8. Inês Ramos
9. João Figueiredo
10. João Mascarenhas
11. Luís Graça
12. Miguel Ferreira
13. Milhano
14. Moreno
15. Paulo Marques
16. Paulo Santos
17. Pedro Bouça
18. Rui Batalha
19. Rui Domingues
20. Sá-Chaves
21. Simões dos Santos
22. Teresa Cardia
23.Vasco Câmara Pestana

sexta-feira, abril 01, 2011

Castelos na Banda Desenhada (XXVIII) - Fictício


Matias Sandorf, de Júlio Verne, foi um dos diversos romances adaptados à banda desenhada por Fernando Bento, ao longo da sua extensa colaboração nas revistas Diabrete e Cavaleiro Andante.


Na sequência das homenagens que têm sido prestadas àquele categorizado artista autor de BD, no centenário do seu nascimento, também este bloguista se associa, elaborando três postagens consecutivas. Desta vez retomo um tema que muito me atrai, qual seja a das imagens de cenários em que se incluem castelos, quer sejam reais ou fictícios.


No caso presente, trata-se de impressionante castelo fictício, alcandorado sobre inacessíveis penhascos, numa imagem plena de fantasia e virtuosismo estilístico, bem representativo da criatividade de Fernando Bento.
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Os interessados em visionar as vinte e sete anteriores imagens de castelos, poderão fazê-lo, bastando clicar no item Etiquetas: Castelos na Banda Desenhada que se vê aqui por baixo no rodapé