terça-feira, março 30, 2010

Revistas BD (V) Estrangeiras: Fluide Glacial


Brake et Moltimer... Não, não é erro meu, trata-se do título de bem imaginada paródia - um pastiche, como dizem os franceses - publicada pela revista Fluide Glacial (Abril 2010, sim, há países onde é costume as publicações serem lançadas com alguma antecedência).
Da autoria de Romain P. Dutreix, foi este que baptizou, com aquele trocadilho, o célebre duo Blake et Mortimer, criando hilariante episódio em oito pranchas. Delas reproduzo apenas uma tira com três vinhetas, para dar ligeira ideia do enredo, que até faria gargalhar o criador original da obra, Edgar Pierre Jacobs, logo na leitura do título do episódio La Malédiction du mystère secret de la machination diabolique, absolutamente impagável para quem conhece os títulos dos diversos tomos da obra.
Uma curiosidade em relação à Fluide Glacial: este é o número 406, e tendo a revista a periodicidade mensal, dividindo 406 por 12 dá 33 anos e picos. Notável longevidade para uma revista de banda desenhada. Razões? Talvez o facto de se tratar de revista destinada a um público adulto, o que não tem a ver com banda desenhada erótico-pornográfica, que só esporadicamente aparece nas suas páginas, antes ao carácter evoluidamente satírico da BD que publica, desde sempre.
Também suscita curiosidade e sorrisos a forma como o autor da paródica bd goza com a simplicidade (para o bem e para o mal) da língua inglesa. Logo na 3ª vinheta da prancha inicial, quando Mortimer exclama indeed, em rodapé lê-se a tradução en effet; Mortimer repete a exclamação indeed, nas 3ª e 6ª pranchas (primeira e penúltima vinhetas, respectivamente), e em rodapé lê-se, sucessivamente, c'est vrai e tout à fait.
Gozo acessível a quem aprendeu francês, coisa rara nestes tempos de hegemonia anglófona...

sábado, março 27, 2010

José Antunes 1937/2010

Foto recente de José Antunes (tirada em 2004 por Orlando Fialho) extraída, com a devida vénia, do álbum Salúquia. A Lenda de Moura em Banda Desenhada

Um episódio em quatro pranchas a cores, última participação do ilustrador-autor de BD José Antunes na Banda Desenhada

José Antunes, de seu nome completo José Gomes Antunes, nasceu em Lisboa, a 25 de Maio de 1937. e faleceu nesta mesma cidade a 27 de Março de 2010.
José Antunes fez estudos secundários na Escola António Arroio, onde teve aulas de desenho que burilaram a sua capacidade inata.
Num sector de criatividade gráfica pelo qual também se sentia atraído, o cartunismo, foi através dele que se estreou publicamente, fazendo cartunes para a revista Flama, passando em seguida a fazer bandas desenhadas para as revistas da especialidade Mundo de Aventuras e Camarada (2ª série), e para uma institucional, que nada tinha a ver com BD, intitulada Jornal do Exército.
Na década de 1960, as suas bedês dedicadas a personagens da História de Portugal, que tinham sido publicadas inicialmente na [revista] Camarada, bem como a de outros banda-desenhistas seus contemporâneos, foram recolhidas em dois álbuns identificados pelo título genérico Grandes Portugueses.
Depois de Eduardo Teixeira Coelho, Fernando Bento e Vítor Péon, José Antunes, em 1968, passou também a fazer parte da restrita galeria de autores portugueses de BD a serem editados no estrangeiro nessa recuada época, ao ver publicada a bd "Maître Biber" na revista belga Tintin.
A sua mais recente incursão na BD deu-se com o episódio "Lenda da Moura Salúquia", num total de quatro pranchas, em que, como foi habitual na sua produção banda-desenhística, escreveu o argumento e guião, fez os desenhos, efectuou a respectiva colorização e também a legendagem, para a obra colectiva "Salúquia. A Lenda de Moura em Banda Desenhada", editada em álbum pela Câmara Municipal de Moura, em Junho de 2009.
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Nota do bloguista: este "post", com uma síntese biográfica, foi escrito em homenagem a José Antunes e afixado no próprio dia do seu falecimento, a 27 de Março de 2010.

quarta-feira, março 24, 2010

Ecologia, Ambientalismo, Animais em risco (I) Albatroz e Lobo na revista Celacanto




















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Ecologia, ambientalismo, espécies animais em risco de extinção, eis a trilogia que preocupa uma parte da humanidade, infelizmente exígua.

Haverá em Portugal vários movimentos - ecologistas, ambientalistas, defensores da vida selvagem - que, por definição, estão empenhados numa luta permanente em prol destes princípios altruístas. 
No que concerne ao terceiro tema, essa luta incide na constante chamada de atenção para o morticínio de espécies usadas pelo homem para satisfação das suas pequenas vaidades - ou, na melhor das hipóteses, para necessidades não vitais.

Desde 2009 que está visível entre nós um movimento de defesa de espécies em risco de extinção, que se expressa através de uma revista. Celacanto é o seu título - homenagem, desde logo, a um peixe pré-histórico, que se julgava extinto, até que, em 1938, foi descoberto um espécime vivo junto à Costa da África do Sul. E, ainda existem, embora não haja conhecimento quantitativo.

Pois esta revista - a que os editores chamam carinhosamente "ecozine" (*) - foi concretizada no tradicional suporte de papel, embora tenha apoio virtual no endereço da editora Qual Albatroz.

Na apresentação do número inicial da Celacanto, dedicado ao albatroz, o editorial tinha o esclarecedor título "Sobre Sonhadores".

De facto, Marc e Zé, assim simplesmente se apresentam os responsáveis da editora e, obviamente da iniciativa, Marc Parchow Figueiredo e José Carlos Dias, são pessoas que sonham um mundo onde todas as espécies sejam respeitadas, mesmo aquelas que, pelo Homem, sempre foram sistematicamente consideradas depredadoras, como acontece com o lobo, tema do segundo número da revista recentemente editado.
São então esses dois sonhadores os responsáveis por tal movimento, consubstanciado no bonito objecto de papel, a revista-ecozine Celacanto.

E têm por acompanhantes uns tantos - bastantes - idealistas, maioritariamente portugueses, mas também brasileiros, um espanhol, uma suiça, um polaco.

No número de estreia houve trinta e sete colaboradores, enquanto que, em visível contagem crescente, nesta segunda aparição constam oitenta e um nomes, uns tantos a assinar contos, crónicas e poesias, na componente literária, e muitos outros, na área das artes visuais, responsáveis pelas fotografias, ilustrações e bandas desenhadas.

É óbvio que, no meu blogue, será a Banda Desenhada quem ficará privilegiada, embora reconheça que há estupendas peças na Ilustração, na Ficção e na Arte Poética, que bloguistas dessas áreas poderão destacar. 
E mais uma vez está a Banda Desenhada privilegiada em relação às outras obras, visto que umas tantas pranchas de BD reproduzidas nas páginas deste Celacanto nº 2 estão visionáveis em exposição intitulada "Lobos para Todos", patente no Museu Nacional de História Natural (R. da Escola Politécnica, Lisboa) até 11 de Abril.
A dita exposição tem possibilidades de ser itinerante, pelo que os interessados podem obter autorização para a montar nas suas instalações, bastando para isso fazer o pedido ao Grupo Lobo (Associação não governamental e sem intuitos lucrativos).

Celacanto
Nº2
Capas (frente e verso) a cores, com ilustração de Miguel Rocha
Data da edição: Fevereiro 2010
Miolo: 114 páginas a preto e branco
Tiragem limitada a 750 exemplares numerados (por lapso, a ficha técnica indica 500 exemplares)
Preço: 5.00€ (Ao comprar este número da revista Celacanto o comprador contribui com 1.50€ para a protecção do lobo)
Editora Qual Albatroz - http://www.qualalbatroz.pt/
Massamá - Sintra

Apoios: Ordem dos Biólogos, Grupo Lobo, Museu Nacional de História Natural, Universidade de Lisboa, Grupo Entropia, Centro de Biologia Ambiental.
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Título das bandas desenhadas e nomes dos autores que colaboraram no nº 2, pela ordem (aleatória) em que estão reproduzidas aqui no blogue, de cima para baixo:
1 - "Direito de voto" - Autores: Miguel Marreiros (desenho), André Oliveira (argumento)
2 - "O Uivo do Passado" - Autores: Ana Saúde (desenho), Miguel Martins (argumento)
3 - "Vice-Versa" - Autor (desenho e argumento): Diogo Carvalho
4 - "Lobo e Cordeiro" - Autor (desenho e argumento (1) - Eric Ricardo
5 - "A outra história de Pedro e o Lobo" - Autor (desenho e argumento): Pedro Rodrigo Costa
6 - "O que se passa???" - Autor (desenho e argumento) - RoyZac
7 - "Lobo" - Autor (desenho e argumento): Luís Lourenço Lopes
8 - "Lobo: Predador ou Presa?" - Autor (desenho e argumento): Jhion
9 - "Lar" - Autores: António Orta (desenho), Rui Alex (argumento)
10 - "Uma vida a amar" - Autores: Bismark (desenho), António Orta (argumento), Cibeli Barone (cores) (2)
11 - "Resgatando" - Autora (desenho e argumento): Rita Cardoso
12 - "Dois Irmãos" - Autores: Paulo Marques (desenho), Adelina Menaia e João Figueiredo
13 - "O Uivo" - Autores: Ricardo Costa (desenho), Ricardo Carvalho (argumento)
14 - "O Lobo Voador..." - Autora (desenho e argumento): Ana Cardoso
15 - "Lobos das fábulas declaram greve" - Autores: Pedro Carvalho (desenho), André Oliveira (argumento)
16 - "Maria Jornalista - Licantropelias" - Autor (desenho e argumento): José Abrantes
17 - "Lobe e Lobi - 3 BDs em 1 com a participação especial do Capuchinho Vermelho" - Autor (desenho e argumento): Rui Alex
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Celacanto
Nº 1
Capas (frente e verso) a cores, com ilustração de José Carlos Fernandes
Data da edição: Fevereiro 2009
Miolo: 66 páginas a preto e branco
Tiragem limitada a 500 exemplares numerados
Preço: 3.00€ (Ao comprar este número da revista Celacanto o comprador contribui com 1.50€ para a protecção do habitat do albatroz)
Editora Qual Albatroz - http://www.qualalbatroz.pt/
Massamá - Sintra

Apoios: SPEA Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves
e Bird Life International
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Título das bandas desenhadas e nomes dos autores que colaboraram no nº 1, pela ordem (aleatória) em que estão reproduzidas aqui no blogue, de cima para baixo:
1 - "Eliminado o que está errado" - Autores: Rui Alex, desenho e cores (2); António Orta, argumento e legendagem (3)
2 - "Paraíso" - Autor (desenho e argumento): Paulo Marques
3 - "O Ataque" - Rui Alex, desenho; Antonio Orta, argumento e legendagem;
4 - "Albatroz-Patinegro" - Bismark, desenho; Antonio Orta, argumento
5 - "Albatroz em pão" - Autor (desenho e argumento): Jakub Jankowski
6 - (tira sem título) - Autor (desenho e argumento): Marc
7 - "Albatroz" - Autor (desenho e argumento): Luís Lourenço Lopes
8 - "Memórias de um albatroz" - Autor (desenho e argumento): André Oliveira
9 - "Efémero" - Autor (desenho e argumento): Diogo Carvalho
10 - "O Velho e o Albatroz" - Autores: Bismark, desenho; Antonio Orta (argumento); Cibelli Barone, cores (1)
11 - "Consciência" - Autora (desenho e argumento): Ana Saúde
12 - "Era uma vez um albatroz" - Autor (desenho e argumento): José Abrantes
13 - "Asas" - Autor (desenho e argumento): Manuel Alves
14 - (tira sem título) - Autor (desenho e argumento): Marc
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Notas referentes aos nºs 1 e 2:
(1) O autor brasileiro escreveu "roteiro", eu escrevi "argumento", que é o conceito correcto em português de Portugal (roteiro para nós é o guia das ruas duma cidade). Para os autores brasileiros que lerem este texto, esclareço: temos ainda o vocábulo "guião", que se refere à planificação e pormenorização do argumento, em diálogos e todo o tipo de indicações, quer sobre as personagens, quer sobre a descrição dos locais da acção
(2) A indicação de "cores" tem a ver com o facto de as bandas desenhadas originais terem sido feitas a cores, mas a revista foi impressa apenas a preto, branco e cinzento;
(3) Balonagem, escrevem os brasileiros (e há quem os copie por cá). Contudo, isso só faria algum sentido se apenas houvesse textos dentro dos balões, mas há os que ficam sob os desenhos, cuja definição técnica em português é "legendas didascálicas".
Portanto, em correcto português deverá ser "legendas", "legendagem".
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Como a edição de Celacanto está a cargo de uma editora comercial, a publicação não se pode considerar um fanzine, mas sim uma revista.
Repetindo o que tenho dito em vários textos acerca do assunto, a definição de fanzine parte do facto de ser um magazine editado por um fã, na condição de amador, ou uma associação cultural, em qualquer dos casos sem intuitos de lucro.
Pese embora às boas intenções da Qual Albatroz, trata-se de editora comercial/profissional, portanto fora da definição internacional do objecto fanzine. Como empresa que é, terá sempre a finalidade de obter algum lucro, mesmo que, neste caso específico, parte do PVP tenha a finalidade altruísta de ser dedicada à defesa das espécies eleitas para tema da revista.
Outra hipótese é a de classificar-se a publicação como "revista alternativa", considerando que é publicada sob chancela de uma pequena editora identificável como independente, por não estar ligada a qualquer grande grupo editorial.

sexta-feira, março 19, 2010

Lisboa na Banda Desenhada (XIII) - Vistas da cidade pelo argentino Juan Cavia







Lisboa vista pela BD tem sempre interesse estético, e suscita especial curiosidade quando o artista que a recria é estrangeiro. É o caso do argentino Juan Cavia, que pela primeira vez na vida fez banda desenhada - e com muita categoria, diga-se desde já -, por teimosia de um português chamado Filipe Melo - conhecido nos meios do Jazz e do Cinema. Ambos a estrearem-se na BD, o argentino a desenhar, o português a escrever o argumento, através da novela gráfica As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy.
Pormenor curioso: Juan Cavia, quando desenhou as vistas de Lisboa, nunca cá tinha vindo. Foi graças a fotografias, enviadas por email por Filipe Melo, que ele pôde recriá-las. E gostou agora de as visitar, fisicamente, conforme disse, no momento de conversa na Tertúlia BD de Lisboa, no passado dia 9.
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Em cima, as imagens que ilustram o "post", são bem conhecidas dos lisboetas. Mas, para o caso de algum visitante que nunca tenha vindo a Lisboa, ou estrangeiro (brasileiro, por exemplo), indico os nomes dos locais.
De cima para baixo:
1) Elevador da Bica, mais propriamente uma vista da Rua da Bica de Duarte Belo, no popular bairro da Bica, onde, nas noites de 5ª, 6ª, sábado e domingo, quando o elevador já não funciona, centenas de noctívagos se juntam a tagarelar, de copo na mão;
2) A Sé Catedral de Lisboa, ao fundo de uma rua (de que não sei, ou se calhar, apenas não me lembro do nome), que parte das Portas de Sol, no topo do Bairro de Alfama, passa pelo largo do Limoeiro, a seguir pela Sé, e vai desembocar na rua da Madalena;
3 e 4) A estátua de D. José, no Terreiro do Paço (como nós lisboetas chamamos à vastíssima Praça do Comércio);
5 e 6) Lisboa localizada num mapa 

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Desta mesma obra já aqui falei, e dela mostrei imagens, em dois temas diferentes:
Ponto Um: referindo-me à Tertúlia BD de Lisboa que, pela primeira vez, teve um quarteto de Convidados Especiais, no seu 309º Encontro (1º Extra), em que se fez o lançamento (mais um, em seguida ao efectuado no Fantasporto) do citado álbum, como se pode ver no "post" de Março, 6, 2010;
Ponto Dois: quando acrescentei um "post", relacionado com a referida obra, mostrando uma impressionante cena de tortura, englobada na rubrica "Estética e Convenções Gráficas - Tortura na BD" ("post" de Março, 10, 2010).
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Para ver as postagens anteriores relacionadas com o presente tema "Lisboa na Banda Desenhada", basta clicar neste mesmo item indicado em rodapé.
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Mas se os caros amigos visitantes do blogue quiserem saber primeiro quais as vistas de Lisboa já focadas nas diversas postagens, e os nomes dos autores referenciados, basta ver a lista abaixo:

(XII) Jan. 24 - Obra: ; Lady S - Capítulo: Salade Portugaise; Desenhos de Philippe Aymond, sob argumento de Jean Van Hamme
2010 daqui para cima

(XI) Nov. 19 - Monumentos e edifícios na obra "História e estórias do ACP" - Autores: Luís Correia (desenho), Carlos Morgado (argumento/guião)
(X) Julho 24 - Vários edifícios de Lisboa, na obra "Fernando Lopes Graça. Andamentos de uma Vida" - Autor: Ricardo Cabrita
(IX) Março 19 - Telhados da Baixa de Lisboa à noite - Autores: Filipe Alves (desenho), Álvaro Áspera (argumento)
(VIII) Março 13 - Parque Mayer: vista da entrada parcialmente submersa - Autores: Ana Saúde (desenho), João Veiga (arg.)
2009 daqui para cima

(VII) Junho 14 - Arco da Rua Augusta e Parque Mayer - Autor: C. Moreno
(VI) Abril, 14 - Sé Catedral de Lisboa, a cores diurnas e nocturnas - Autor: António Jorge Gonçalves
(V) Março, 11 - Alfama, recantos do bairro lisboeta - Autor: Filipe Andrade
(IV) Fev. 9 - Bairro dos Olivais com espaços verdes à vista - Autor: Ricardo Cabral
2007 daqui para cima

(III) Julho, 18 - Terreiro do Paço submerso - Autor: António Jorge Gonçalves
(II) Junho, 19 - Elevador de Santa Justa - Autor: Zé Paulo
(I) Maio, 21 - Torre de Belém e Convento do Carmo vistos em picado - Autor: Victor Mesquita
2006 daqui para cima

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Isto agora não tem nada a ver com o "post", é apenas um aspecto curioso em que estou a reparar há algum tempo:
Tenho, a 19 de Março, 97 seguidores do meu blogue, como se pode ver na coluna da esquerda.
E a curiosidade é: quem virá a ser o seguidor nº 100?
 

Bem, hoje, dia 20 de Março, apareceu mais um seguidor, o 98º, chamado João Soares (não é o político em que estão a pensar, digo isto porque, embora nunca antes tivesse visto este, na foto em que aparece no painel de seguidores vê-se que usa bigode). E, conforme a velha frase popular, há muitas Marias na Terra, só que há umas que têm bigode, e outras não :-)

Grande surpresa! Hoje estamos a 22, é 2ª feira, e cá está o "seguidor" nº 100. E, para um número especial, alguém especial (na área da BD, claro): Nuno Saraiva, grande ilustrador de BD!
Saravá, caro Nuno, fico honrado com a tua presença! Conta-me: estavas a seguir esta minha conversa acerca de ter quase 100 seguidores, ou foi por acaso? Grande abraço!

quarta-feira, março 17, 2010

Publicidade (Didáctica, Política, Comercial) em Banda Desenhada (I)





Entre muitos dos temas que sempre me interessaram e que tenho imaginado tratar aqui no blogue, a publicidade através da banda desenhada é um deles.
Possuo, na minha vasta e heterogénea colecção de BD, bastantes publicações (tipo folhetos e revistas, portuguesas e estrangeiras), com bons exemplos de arte sequencial ao serviço da publicidade em diversos quadrantes: didáctico, artístico, comercial, político, e outros menos facilmente classificáveis.
Há muitos anos que tenho ido guardando exemplos desta especialidade com poucos interessados (digo eu...) e até tentei convencer um amigo chamado Carlos Pinheiro - o qual tinha estabelecido contacto com a entidade que superintende na publicidade - a fazermos uma exposição sobre o tema na respectiva sede, isto quando ele me disse também se interessar pelo assunto, e ter algum material antigo.
A ideia nunca se concretizou, e reconheço que não é fácil uma iniciativa do género, porque mexe com pormenores que têm de ser salvaguardados.
Pela parte que me toca, e de há uns anos a esta parte, como bloguista, ainda não me tinha decidido a começar, exactamente preocupado com os melindres vários. Até que me ocorreu tapar os elementos publicitários.
Pondo em prática a solução, calhou serem estas três bedês autoconclusivas a inaugurarem mais uma categoria (ou etiqueta) bloguística.
Graças à amabilidade de Raquel Louçã Silva - a quem aqui publicamente agradeço -, directora do jornal gratuito Mundo Universitário, foram-me enviados os respectivos exemplares do MU onde se mostram as bandas desenhadas que reproduzo neste "post", da autoria do desconhecido na BD, Pedro Lourenço. (*)
Peço desculpa aos visionadores do blogue e à empresa cervejeira que teve a ideia de utilizar a BD - a quem faço uma vénia - pelo facto de tapar a marca. Isto porque mostrar publicidade alheia, ostensivamente sem esta precaução, seria susceptível de más interpretações.
"À mulher de César não basta ser séria, é preciso que o pareça"...
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As imagens reproduzidas no topo a ilustrar o "post" tiveram publicação inicial (de cima para baixo):
in jornal MundoUniversitário, 11 Jan.10
in jornal Mundo Universitário, edição de 22 Fev. 10
in jornal Mundo Universitário, edição de 22 Fev. 10
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(*) O autor não assinou as pranchas, por modéstia ou, mais provavelmente, porque se calhar trabalha para uma agência que não autoriza os colaboradores a assinarem as peças publicitárias. Tive conhecimento do nome do ilustrador, autor da bd, por "portas travessas"...
Mas não o conheço. Dão-se alvíssaras a quem o conhecer e me dê o contacto!